Lair Leoni Bernardoni
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Livro-luz, feito à semelhança do tempo e do espaço este Asas Azuis, quanto mais terras adentra, tanto mais no coração se aprofunda.

Querida Lair, é uma dor ver tudo de teu, o cinema de tuas palavras e o absoluto silêncio que habita as tuas imagens. Como se tudo, tudo, tudo, parasse, cessasse, repousasse e posasse para teu obturador, e - ai de nós - só podemos suspeitar de teu coração aos pulos dentro de um frágil peito, muito menor que a grande beleza que punge e lateja nestas páginas.

As tuas imagens são grafadas com a poeira do afeto bem mais que com o pó de prata. Por isso, enlaçamo-nos a elas num abraço longo, de vasto silêncio, pois nelas se deposita o indizível, nelas somos levados aos numeráveis caminhos do mundo pelas inumeráveis sendas do coração.

E quando nos deixamos ir às palavras, habita-nos o peregrino ser, feito de memória e sonho. Nas tuas imagens, Lair, encontramos Deus, não pelo tanto divinal que são, mas porque ali há finitude e fragilidade, o eterno é precário; e tudo que foi, permanece; e tudo que é, despede-se. Nas tuas imagens, o breve círio da vida a repetir - pela voz dos outonos - que a vida passa. Cada palavra deste poema alado é um lugar, uma cor, um perfume. Esse mistério de um universo inteiro decantando na frase para além da sua sintaxe de força. As palavras emergem plenas, como se amanhecidas somente para que olhos infantes viessem untar a alvura com seu orvalho. Cada palavra um lugar em si e também um caminho para outro lugar, uma ponte para ir lá, onde o coração nos ancora.

Tudo que dizes, Lair, é uma parte de ti, e não te pejas de te repartires, e desdobrar-te, e desfibrar-te sem outra oferenda que a generosidade de expor-te em tua mais justa dimensão, e, por isso mesmo, tão universal.

O teu azul, Lair, como o azul da boca-da-noite, invoca o espaço curvo de Einstein, só para descrever o arco do necessário sorriso.

Tu és a artista extraordinária, sem deixar de ser a mulher da Rua da Ilhinha, São Francisco do Sul, Santa Catarina, Brasil: a tua aldeia, o teu universo.

Joel Gehlen
Editor, dezembro de 1999

... tua obra - belamente indescritível
e indescritivelmente bela.


Pasquale Cipro Neto
Mestre em português, 4 de janeiro de 2008

... esse alarido de formas,
de cores e de sentidos é o que emana
das tuas fotografias.
Um encantamento de
ressonâncias duradouras.


Alcides Buss
Poeta, 26 de janeiro de 2008

Viajando sobre suas asas azuis abri todas as minhas janelas, destranquei todos os meus ferrolhos enferrujados há muito tempo, fiz atravessar pelas portas todos os guardados do tempo.

Embarcada em seu livro, ousei voar sob os desertos... em rasantes, deixei a pele roçar nas areias escaldantes lembrando que a areia e eu somos feitas da mesma substância nômade e nos espalhamos em itinerários vários - sem pressa do tempo certo, do momento exato.

Lembrei-me que minha alma é como a Alfonsina, se veste de mar a cada dia.

Renata Lima de Castilho
Escritora, 8 de março de 2008

O que quero, nesse comovido momento que escrevo aqui, no silêncio da minha floresta, contemplando as imagens inventadas por essa admirável artista brasileira, é simplesmente dizer que a mágica, a sensual beleza de sua arte me faz recitar em voz alta o perfeito verso de Keats: a thing of a beauty is a joy forever.

A beleza da arte de Lair é uma alegria que nunca se acaba.


Thiago de Melo

Pour sa beauté,
Pour la qualité photographique des œuvres et leur intérêt
Avec mes compliments


André Fage
Fondateur du Musée Français de la Photographie, le 26 Janvier 2008

Há em italiano uma palavra que traduz bem o que é esta obra de Lair: travolgente. Há nela a mesma raiz (latina) das nossas palavras volver, revolver, envolver, envolvente, que nos levam ao conceito de movimento, de rodopios, de revolvimentos, de voltas em torno do próprio eixo e, no limite, para fora do eixo. Travolgente é o que travolge, ou seja, o que envolve e fascina – fascina tanto que faz perder o prumo, o eixo. Depois de ver o que vê e como vê o olho lairiano, torna-se difícil não ver tudo assim.

Pasquale Cipro Neto
Mestre em Português

Você é uma pessoa que vai a Dubai e vê o ouro nas petúnias.

Rosângela Aliberti
Psicóloga clínica, São Paulo, junho de 2008

Uma explosão do belo, paleta de Deus em suas mãos.
Delicada radiografia da alma humana esculpindo em imagem, prosa e verso.
... você pulsou meu coração o dia todo.

Margha Blóes
Theatrum Specta Itapetininga Scholarum
13 de maio 2008

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