Como homenagem à literatura, à inteligência e à sensibilidade, o livro de Lair Leoni Bernardoni é obra única no atual panorama das letras catarinenses. Um objeto-de-arte, emoldurado por textos elaborados sob o rigor da emoção e de alucinada paixão pela natureza.
De sofisticada apresentação gráfica, a refletir o universo estético da autora, quanto de conteúdo poético-literário de rara singularidade, o livro Girassol, Giralua constitui-se numa demonstração de sensibilidade própria, aliás, de quem já anteriormente se consagrara como exímia fotógrafa, com exposições em 14 das mais importantes capitais do mundo.
Dedicado a rememorar lugares, paisagens, livros e pessoas. a obra proporciona ao leitor um passeio pelo mundo e por muitas vidas sob o privilegiado ângulo da fina emocionalidade da autora.
Em linguagem madura e esculpida em artesanato literário, prenhe de meticulosidade e gênio, o texto flui como sinfonia musical, capaz de provocar no leitor instigantes reflexões, que sempre será o melhor e o mais esperado resultado do texto bem pensado e bem elaborado.
Apolinário Ternes
Jornalista e Escritor, 2000
(Girassol, Giralua, foi tema de Monografia pelo jornalista)
Este é um livro de viagem. Porém não descreve lugares, mas recolhe os sentimentos provocados por se estar em algum lugar; longe ou aqui. Fala de uma rua, um rio, uma janela, como quem desvenda paisagens interiores. A viagem de Lair Leoni Bernardoni é mais afetiva que geográfica. No entando, é imagética como não poderia deixar de ser a escrita de uma fotógrafa.
Como nos livros de viagens comuns, a autora esteve em Giverny, Isla Negra, Granada, Buenos Aires, Saint Maurice-de-Rémens, Viena, New York, Napoli, Rothemburg; mas também viaja por uma flor, retorna à infância, vem pelos correios que trazem notícias e circulam os postais com a história de uma impossível coincidência.
Completa a obra dezenas de imagens, fotografadas ou recolhidas ao longo dos caminhos como folhas, flores ou areia da praia.
Escrevendo, Lair consegue o mesmo "lairlirismo" que fotografando. Os 20 textos aqui publicados retratam países, pessoas, lugares, momentos, a partir do prisma da emoção. Sua leitura flui ao "descompasso cardiolairiano".
Enfim, é um livro de viagem, mas com passagem pelo coração.
Joel Gehlen
Editor, dezembro de 1999
Delicada tessitura e ritmo. Cenas de um filme de luz própria.
Percebe-se, a desesperada afirmação da beleza, intacta sob o ruído excessivo do mundo.
Lair Bernardoni, quando escreve não expressa relevos, ranhuras, asperidades.
Expressa a luz e seus desejos.
Lindolf Bell
Poeta, 1998
Ao ler o primeiro texto, escolhido ao acaso ("De lua, luares e plenilúnios"), emocionei-me.
É memorável. Obra de ser humano sensível.
Agradeço a Lair por ter permitido que, mesmo singelamente, participasse desta obra que é pura exaltação da simplicidade, da inteligência, da sensibilidade, da beleza. Da vida, enfim.
Pasquale Cipro Neto
Mestre em Português
... a luz do sol derrama artes pelo chão da natureza, atrás das quais vai a foto-escritora, munida do sonho inconsciente de todos nós, que é reencontrar o território de infância em algum lugar atrás do arco-íris. E entre luas e girassóis, giram os raios da iluminada prosa de Lair, que é, também, como girassol, alimento de imortalidade.
Sérgio da Costa Ramos
Acadêmico e cronista
... Ânfora urdida com o fino linho da imaginacão, o livro de Lair pode ser considerado uma obra prima do gênero, com seu design límpido, impressão impecável e refinado acabamento. "Girasol, Giralua" é a quintessência de quintais e viagens, álbuns de família, imagens de Lair criança cavalgando o cavalo impossível da infância ou segurando o balão que ali está, pequena lua frágil.
Fernando Karl
A Noticia, 15 de março de 2000
Girassol, Giralua é um diário de emoções captadas em muitas paisagens, países, momentos.
Caminhos distantes de onde vieram folhas, flores, areia, lembranças recolhidas como quem volta da praia com o bolso repleto de conchas.
Chuchi Silva
Diário Catarinense, 01 de março de 2000
... Sempre comovente e apaixonada, revela a interioridade e põe a escrita a serviço da memória. Ordena o passado, guarda com elegância a emoção de conhecer lugares. Tudo em serena quietude: flores, pessoas, crianças, paisagens, as imagens da família. Vasculha quase com alegria infantil o que o poeta português Fernando Pessoa assinalava: "As nações todas são mistérios. Cada uma é todo o mundo a sós".
Numa singular operação do espírito criativo, comovente e terna, a autora acaba por fazer uma elegia. Na observação singela, ausente de conflitos, com lentes cor-de-rosa, voz sensível e acento inusitado, Lair estabelece uma epifania...
Néri Pedroso
A Notícia, setembro de 2001
"Girassol, Giralua" é muito mais que a reunião de palavras e figuras.
É chama acesa na certeza do belo conseguido, inda assim dando a impressão de ter surgido quase que feliz acaso. E esta suprema mestria : doar flores sem mostrar o duro labor de seu crescer.
Lair Leoni Bernardoni, abençoada jardineira de belezas.
Floreat!
Julio de Queiroz
Academia Catarinense de Letras
... é uma obra com reserva artística prá gente se perder (e se achar) e tornar a se perder para mais se achar.
Vou lendo e parando para exclamar: que lindo, meu Deus, que lindo!
Posso me mudar prá baixo de suas vitórias-régias sempre que precisar (e preciso, não poucas vezes).
Eloí Bocheco
Escritora